domingo, 1 de junho de 2008

Jerusalém é logo ali.



No dia 20 de maio foi inaugurada no Rio de Janeiro a maior maquete já construída no mundo representando Jerusalém, a cidade santa.
Jerusalém é conhecida como a Capital Mundial da Fé e é visitada por milhares de pessoas todos os anos. Por isso, a maquete que está em exposição no Centro Cultural Jerusalém (CCJ) está atraindo fiéis e turistas de todos os lugares.
O material utilizado na construção da maquete, que retrata a topografia e arquitetura da cidade do ano de 66 a.C., veio todo de Israel, e os especialistas que supervisionaram a produção do trabalho também.
Creio que ir a uma exposição como essa é se permitir conhecer um pouco mais sobre a história do berço da cultura judaico-cristã e patrimônio da humanidade, entender um pouco do contexto da vida de uma das figuras mais representativas da história do ocidente, que foi Jesus Cristo. E mais, é através do conhecimento que passamos a valorizar e respeitar a cultura do outro.
O lugar proporciona ao visitante, graças à cenografia do local, que inclui a aplicação de fotos 360º em todas as paredes, a sensação de estar nas terras áridas e sagradas de Jerusalém. Através de um tour virtual e recursos audiovisuais completos, como infográficos, fotos e ilustrações, as pessoas recebem uma aula completa de história sobre a cidade que já foi conquistada 36 vezes e por 7 vezes foi totalmente destruída.
Há representações de edificios representativos, como o Palácio de Herodes, que foi onde os os três Reis Magos chegaram perguntado: “Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos para adorá-lo”.
Outra atração é a iluminação da maquete em momentos diferentes. O visitantes pode ver Jerusalém sob o céu estrelado – quando as luzes das casas e templos são acesas internamente -, durante o dia e no momento do pôr-do-sol.



Encontre mais informações pelo site:


ps. A foto identifica dois edifícios que estão na maquete: o Hipódromo e o Tanque de Siloé.

Beethoven bem vindo ao Rio de Janeiro!


Cariocas amantes de música clássica preparem-se, vai começar a segunda edição da Folle Journée, com toda a programação dedicada a Ludwig van Beethoven. O compositor alemão que é considerado um dos pilares da música ocidental.
Criada em 1995 na França, por René Martin, a Folle Jorneé é uma maratona de concertos a preços populares que acontece em países da Europa e no Japão, e teve sua primeira edição aqui no Rio de Janeiro em 2007. O objetivo do evento é tornar a música clássica acessível a todos.
Martin teve a idéia de criar a maratona de música após assistir a um show de rock, ele se perguntou se seria possível um evento de música clássica atrair um público tão grande. Parece que sim, pois no ano passado a estimativa é de que 17 mil pessoas compareceram aos concertos. E a intenção do idealizador é atrair o dobro do público em 2008.
Vamos à programação, serão 48 concertos de curta duração, a preços populares (R$ 1 e R$ 5), realizados em oito espaços culturais: no Theatro Municipal, no Teatro do Anexo do Municipal, na Sala Cecília Meireles, no Auditório Guiomar Novaes, no Centro Cultural Justiça Federal, na Igreja N. Sra. do Carmo da Lapa, no Auditório do BNDES e no Auditório de Furnas.
Serão 38 atrações nacionais e estrangeiras. Entre os brasileiros, estão o pianista carioca Eduardo Monteiro, o violoncelista Antonio Meneses e a Orquestra Sinfônica Nacional.
Além de ser um evento de grande importância para a cidade, é uma boa oportunidade para prestigiar o talento dos nossos artistas. E vale lembrar que o Rio de Janeiro é a primeira cidade das Américas a hospedar a maratona.

Confira toda a programação pelo site:

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Espírito das Artes



Se você estiver a fim de ir a um lugar bacana, onde se possa ouvir boa música, a minha dica da vez é a casa de espetáculos O Espírito das Artes. O espaço abre as portas para o melhor da música brasileira, teatro, artes visuais, cinema, enfim, para uma diversidade de manifestações artísticas.
O destaque é para os que além de ouvir boa música, também produzem seu próprio som, porque a casa está promovendo sua 1ª Edição do Festival da Música Brasileira, para comemorar sua reabertura como Espaço Cultural.
O festival que é produzido pela Xis Culturalis, tem como principal objetivo resgatar com qualidade a cultura musical do país e trazer ao palco novos talentos. Segundo a divulgação do Espírito das Artes, também faz parte da iniciativa do evento conhecer melhor a proposta de cada artista e retomar o real valor da música para a sociedade.
Quem ficou interessado pode verificar o regulamento do festival pelo link:


Mas para você que (como eu) ainda não desenvolveu todos os seus talentos e está mais para apreciador das expressões artísticas, o Espírito das Artes oferece uma programação muito boa. Acesse o site http://www.espiritodasartes.com.br/, e fique por dentro do que a casa oferece de melhor.
Bom gente, que fique claro que a intenção é indicar lugares que tenham o mínimo de comprometimento com uma proposta cultural, oferecendo oportunidade para artistas e qualidade musical. E se você também tem uma dica legal, não deixe de dividir aqui no blog.

“Eu ia ao Jardim Botânico para quê? Só para olhar. Só para ver. Só para sentir. Só para viver”


(...) Então minha própria sede guiou-me. Eram 2 horas da tarde de verão. Interrompi meu trabalho, mudei rapidamente de roupa, desci, tomei um táxi que passava e disse ao chofer: vamos ao Jardim Botânico. "Que rua?", perguntou ele. "O senhor não está entendendo", expliquei-lhe, "não quero ir ao bairro e sim ao Jardim do bairro." Não sei por que olhou-me um instante com atenção.Deixei abertas as vidraças do carro, que corria muito, e eu já começara minha liberdade deixando que um vento fortíssimo me desalinhasse os cabelos e me batesse no rosto grato de olhos entrefechados de felicidade.Eu ia ao Jardim Botânico para quê? Só para olhar. Só para ver. Só para sentir. Só para viver. (...)


Esse é um trecho do conto “O Ato Gratuito” da escritora Clarice Lispector. Utilizei as palavras desta escritora maravilhosa, para falar de um dos lugares do Rio de Janeiro que é uma verdadeira obra de arte: o Jardim Botânico. Não posso deixar de me referir também ao que mais me impressionou nesse conto, uma nota que ela deixa no fim da página: “Nota da autora: peço licença para pedir à pessoa que tão bondosamente traduz meus textos em braile para os cegos que não traduza este. Não quero ferir os olhos que não vêem”. Com certeza foi uma das provas de humanidade mais bonitas que já vi, é de uma delicadeza sem precedentes. Já estou até considerando esse post com valor duplo (compre uma e leve duas dicas de arte), porque se existem muitos motivos para um passeio ao Jardim Botânico, existem outros mil para ler a obra de Clarice Lispector.
Ir ao Jardim Botânico é como ir a uma exposição de arte, porque o que se encontra lá é um pouco da arte mais refinada, da aura inviolável, pois os traços da natureza o homem jamais poderá reproduzir com perfeição. O jardim que foi criado em 1808 por D. João VI para aclimatar as mudas de espécies que vinham da Europa, além de toda sua beleza, promove estudos de vegetais das diversas regiões do país. Também é legal conferir os dois museus que há no parque, o Botânico, que possui um grande acervo de documentos sobre o assunto, e a Casa dos Pilões, antiga fábrica de pólvora que exibe escavações arqueológicas. Particularmente tenho predileção pelo orquidário, uma estufa que abriga a coleção de 3000 exemplares de cerca de 600 espécies diferentes de orquídea. Para você que ficou interessado, o lugar ainda oferece lanchonete, biblioteca e loja. E já que você vai estar ali perto, para completar o passeio, não deixe de ir ao Centro Tom Jobim - Cultura e Meio Ambiente. O lugar é uma homenagem a um dos grandes compositores da bossa nova e foi criado com a intenção de desenvolver atividades culturais, reunir artistas e ambientalistas. O visitante encontra um acervo com 28 álbuns do artista, 109 áudios caseiros com todas as variações originais, 78 documentos diversos, 804 fotos, 164 partituras e arranjos originais e muito mais.
Bom, feita a minha parte de mostrar o caminho, agora é com você. E se for ao Jardim ou ao Centro Tom Jobim, não esquece de passar aqui e deixar uma palavrinha.

Para mais informações:
Jardim Botânico: (21) 3874-1808 / 3874-1214
Centro Tom Jobim - Cultura e Meio Ambiente: (21) 2274-7012

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Bonito de se ver.



O Centro Cultural do Banco do Brasil é de longe um dos meus lugares prediletos no Centro da cidade. Portanto, não poderia deixar de falar sobre ele aqui neste espaço.
Se você gosta de ver coisas belas (quem não gosta?), não deixe de fazer uma visita ao CCBB, que inaugurou recentemente a exposição “Nipon – 100 anos de integração Brasil-Japão”. A mostra traz uma gama de atrações que aproximam o público das artes, tradições e curiosidades nipônicas.
Desde a entrada, o lugar se transformou em um verdadeiro show para os sentidos. Os visitantes encontram lindas esculturas de origami suspensas, que revelam a beleza e a delicadeza dessa arte milenar. E se você quiser aprender a fazer dobraduras de papel, o CCBB oferece oficinas gratuitas de origami. Mas não para por aí, nos finais de semana, haverá oficinas de mangá (história em quadrinhos), shodô (caligrafia) e será montado um tablado para apresentações de artes marciais, desfiles de quimonos e shows de tambores japoneses. O público também terá a oportunidade de presenciar a famosa cerimônia do chá, em uma sala com belos jardins japoneses.
Para quem não conhece, o CCBB é enorme, possui muitas salas e cada uma delas com uma atração diferente, como armaduras de samurais, pinturas a óleo, projeções em vídeo de animações japonesas e muito mais!
Amante de exposições que sou não poderia perder essa, e se eu fosse você também não perderia esse espetáculo, que vai ficar em cartaz até 13 de julho.

Confira a programação pelo site:
http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/ctr2/rj/index.jsp


E para ficar com água na boca, dá uma olhada nesse vídeo:

Vem curtir um Sururu!


Para inaugurar o blog vou falar de um dos grupos de samba mais bacanas surgidos na Lapa, o Sururu na Roda.
O grupo que é formado pela bandolinista Nilze de Carvalho, pela cantora e violinista Camila Costa e pelos percussionistas Sílvio Carvalho e Fabiano Salek, está prestes a lançar seu terceiro CD, “Que samba bom”.
E já vou logo dizendo que a galera que produz esse ‘samba bom’ acredita que a força do quarteto está em não se prender a fórmulas, em ser um mosaico de diversas influências, apesar de ter como alicerce o samba.
A formação do grupo já é em si um verdadeiro ‘sururu’, porque cada um apresenta uma variação de repertório, de timbres e de influências. Nilze de Carvalho, que é irmã do percussionista Sílvio, é considerada uma das grandes vozes do momento. Os dois têm uma formação no samba tradicional, desde cedo já estavam na roda com o pai, Cristiano Ricardo, e um grupo musical que contava com dançarinos de frevo, samba e capoeiristas. Fabiano Salek também tem o samba correndo na veia, é filho do fundador do Garganta Profunda, famoso grupo vocal carioca, e da flautista Elianne Salek. E completando o quarteto, a cantora Camila, que nasceu na lapa e percebeu nas aulas de balé que gostava mais de ouvir sua professora ao piano do que de dançar.
Para você que ficou curioso sobre o som que deve produzir um grupo tão versátil, fique sabendo que eles têm uma programação cativa no Centro Cultural Carioca. Todo sábado, eles apresentam em sua Roda de samba releituras de clássicos da Música Brasileira e composições próprias.

Acesse o site do Centro Cultural Carioca e saiba mais sobre a programação:
http://www.centroculturalcarioca.com.br/home.php

Paloma Alves.